Persona 7 Cordas: Alencar Sete Cordas
Saudações!
Alencar Sete Cordas
Neste último dia 15 faleceu em Brasília, vitimado por um infarto, o grande professor e instrumentista Alencar 7 Cordas. Nascido no município de Ipú, estado do Ceará, José de Alencar Soares, ou, Alencar Sete Cordas, como era conhecido, chegou em Brasília e logo se enturmou com os músicos locais. É um dos fundadores do Clube do Choro de Brasília, casa de maior referência do gênero hoje no Brasil, e que assistiu ao surgimento de nomes como Hamilton de Holanda, Fernando César e Rogério Caetano. Logo que chegou à cidade o violonista foi ao encontro dos músicos que participavam da roda de choro no apartamento da flautista Odette Ernest Dias, na 311 Sul, onde foi criado o Clube do Choro. E foi com ela que Alencar fez sua primeira gravação, o choro SÓ PARA MOER , que integrou o disco “A história da flauta brasileira” lançado pelo selo Eldorado em 1981.
Na noite de quarta feira (15/10/2011), Alencar subiu ao palco do Clube do Choro como sempre fez nos últimos 25 anos, a convite do pianista Antônio Carlos Bigonha, para uma participação no segundo bloco, quando o acompanhou em “Carta à Niemeyer”. Após sair do palco, Alencar se sentiu mal e foi para o carro. Foi um de seus grande parceiros, Reco do Bandolim, que, ao ser informado pelos seguranças, foi ao encontro de Alencar que, conforme relata o próprio Reco do Bandolim, já se encontrava pálido, com falta de ar e sentindo fortes dores. Este conta, ainda, que o levou imediatamente ao Hospital de Base, onde o médico tentou reanimá-lo, sem êxito e deixou este nosso plano à 00:15, vítima de infarto fulminante.
Ao longo de sua carreira, o mestre Alencar Sete Cordas se apresentou ao lado de diversos importantes instrumentistas brasileiros, dos quais se destacam: Hermeto Paschoal, Sivuca, Dominguinhos, Oswaldinho do Acordeon, Laércio de Freitas, Antônio Adolfo, Leandro Braga, Gilson Peranzeta, Sebastião Tapajós, Zé Menezes, Turíbio Santos, Marco Pereira, Paulo Belinatti, Paulo Moura, Zé da Velha e Silvério Pontes, Paulo Sérgio Santos, Proveta, Carlos Malta, Altamiro Carrilho, Carlos Poyares, Odette Ernest Dias, Plauto Cruz, Ronaldo do Bandolim, Jorge Cardoso, Hamilton de Holanda, Izaias do Bandolim, Déo Rian, Joel Nascimento, Armandinho Macedo, Waldir Azevedo, Henrique Cazes, Maurício Einhorn e Avena de Castro, e outros. Também acompanhou diversos cantores, tais como: Cartola, Clementina de Jesus, Moreira da Silva, Sílvio Caldas, Paulinho da Viola e Elton Medeiros.
O carisma de Alencar pode ser visto nesses dois belos momentos retirados do youtube. No primeiro vídeo, uma tão grande quanto alegre roda tocando Santa Morena de Jacob do Bandolim , no aniversário de Alencar, comemorado em junho deste ano. No outro vídeo, com o excelente bandolinista Jorge Cardoso.
http://www.youtube.com/watch?v=BnXmLKtLLKk
http://www.youtube.com/watch?v=ZpR5yVUC02sigital/
O Professor
Alencar Sete Cordas foi, sobretudo, o grande professor de violão de Brasília. Ele foi um dos professores pioneiros da Escola Brasileira de Choro Rafael Rabello, onde trabalhou por cinco anos. Em seguida, fundou sua própria escola . Foi professor na Escola de Música de Brasília durante quatro anos. Participou de várias edições do Curso Internacional de Verão, na Escola de Música de Brasília, não só como professor de Violão de 7 Cordas, mas também como professor de Harmonia e Improvisação. Inclusive, a sua atuação pedagógica, merece grande destaque, ainda mais pela elaboração da Teoria das Árvores Harmônicas. Esse método destina-se ao ensino e à aprendizagem da Harmonia Funcional. Trata-se de uma forma de compilação das estruturas harmônicas mais comuns encontradas na música popular brasileira, representadas por diagramas, que mostram graficamente as possibilidades harmônicas envolvidas. Voltaremos a esse assunto com mais profundidade numa postagem futura.
Depoimentos
Tomei a liberdade de transcrever aqui depoimentos de alguns amigos e companheiros de profissão, os quais remetem a sinceridade e a interpretação de quem foi Alencar Sete Cordas:
Odette Ernest Dias:
“Estou chorando desde que tomei conhecimento da morte dessa pessoa íntegra, de grande doçura e um músico extraordinário”.
Hamilton de Holanda:
“Aprendi muito ouvindo-o tocar. O Alencar participou da gravação do disco de estreia do Dois de Ouro, no qual o Fernando César e eu registramos duas músicas dele, Imagem e Imitação. Ele deixou como legado um método de ensino revolucionário, sem necessidade de cifra, que facilita a vida de quem pretende aprender a tocar violão e outros instrumentos de corda.”
Jorge Cardoso :
“Nos conhecemos em Fortaleza e nos reencontramos em Brasília. Ultimamente, fazíamos muitas apresentações juntos. Ainda não estou acreditando que ele tenha morrido. O Brasil perde um grande mestre do violão sete cordas.”
Fernando César :
“Era o violão de Brasília, respeitado por todos”, diz o violonista Fernando César, ex-aluno de Alencar.”
A despedida
A despedida deste ilustre entusiasta do Violão de 7 Cordas foi marcada pela emoção. Sônia Palhares, amiga e admiradora de Alencar deu o seu depoimento:
Eu estive lá e acompanhei o sepultamento até o fim da cerimônia, poucas vezes vi engarrafamento em cemitério. Os amigos foram, os músicos fizeram um roda de choro linda em homenagem a ele. Impressionante era a quantidade de jovens - alunos da Escola Brasileira de Choro Raphael rabello - que foram se despedir do Alencar 7 Cordas, meu amigo querido e companheiro de instituição.
Aos que tiveram a sorte e o prazer de conhecer, estudar e conviver com essa figura iluminada, meus sentimentos, e que as boas lembranças e os ensinamentos ocupem o grande vazio de sua ausência na vida que se segue.
Quanto a mim, particularmente, que o admirava à distância, fica o exemplo de dedicação e militância dedicadas ao Choro e ao Violão de Sete Cordas. Dentro de minha crença, fica a certeza de que Alencar foi muito bem recepcionado lá no céu, por Dino e Rafael, e deve estar em uma feliz roda revendo velhos amigos, como Cartola, Sivuca, Paulo Moura e outros grandes companheiros nesta passagem aqui na Terra.
Fontes e Referências:
A intenção desta matéria é de homenagem.
As informações contidas nesse texto foram retiradas dos sites abaixo listados:
http://www.samba-choro.com.br/s-c/tribuna/samba-choro.1109/0017.html
http://www.samba-choro.com.br/s-c/tribuna/samba-choro.1109/0018.html
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2011/09/16/interna_cidadesdf,270101/musico-alencar-sete-cordas-morre-apos-tocar-em-show-no-clube-do-choro.shtml
http://www.jornaldebrasilia.com.br/edicaod
http://www.youtube.com/watch?v=BnXmLKtLLKk
http://www.youtube.com/watch?v=ZpR5yVUC02sigital/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alencar_Sete_Cordas
Alencar Sete Cordas
Neste último dia 15 faleceu em Brasília, vitimado por um infarto, o grande professor e instrumentista Alencar 7 Cordas. Nascido no município de Ipú, estado do Ceará, José de Alencar Soares, ou, Alencar Sete Cordas, como era conhecido, chegou em Brasília e logo se enturmou com os músicos locais. É um dos fundadores do Clube do Choro de Brasília, casa de maior referência do gênero hoje no Brasil, e que assistiu ao surgimento de nomes como Hamilton de Holanda, Fernando César e Rogério Caetano. Logo que chegou à cidade o violonista foi ao encontro dos músicos que participavam da roda de choro no apartamento da flautista Odette Ernest Dias, na 311 Sul, onde foi criado o Clube do Choro. E foi com ela que Alencar fez sua primeira gravação, o choro SÓ PARA MOER , que integrou o disco “A história da flauta brasileira” lançado pelo selo Eldorado em 1981.
Na noite de quarta feira (15/10/2011), Alencar subiu ao palco do Clube do Choro como sempre fez nos últimos 25 anos, a convite do pianista Antônio Carlos Bigonha, para uma participação no segundo bloco, quando o acompanhou em “Carta à Niemeyer”. Após sair do palco, Alencar se sentiu mal e foi para o carro. Foi um de seus grande parceiros, Reco do Bandolim, que, ao ser informado pelos seguranças, foi ao encontro de Alencar que, conforme relata o próprio Reco do Bandolim, já se encontrava pálido, com falta de ar e sentindo fortes dores. Este conta, ainda, que o levou imediatamente ao Hospital de Base, onde o médico tentou reanimá-lo, sem êxito e deixou este nosso plano à 00:15, vítima de infarto fulminante.
Ao longo de sua carreira, o mestre Alencar Sete Cordas se apresentou ao lado de diversos importantes instrumentistas brasileiros, dos quais se destacam: Hermeto Paschoal, Sivuca, Dominguinhos, Oswaldinho do Acordeon, Laércio de Freitas, Antônio Adolfo, Leandro Braga, Gilson Peranzeta, Sebastião Tapajós, Zé Menezes, Turíbio Santos, Marco Pereira, Paulo Belinatti, Paulo Moura, Zé da Velha e Silvério Pontes, Paulo Sérgio Santos, Proveta, Carlos Malta, Altamiro Carrilho, Carlos Poyares, Odette Ernest Dias, Plauto Cruz, Ronaldo do Bandolim, Jorge Cardoso, Hamilton de Holanda, Izaias do Bandolim, Déo Rian, Joel Nascimento, Armandinho Macedo, Waldir Azevedo, Henrique Cazes, Maurício Einhorn e Avena de Castro, e outros. Também acompanhou diversos cantores, tais como: Cartola, Clementina de Jesus, Moreira da Silva, Sílvio Caldas, Paulinho da Viola e Elton Medeiros.
O carisma de Alencar pode ser visto nesses dois belos momentos retirados do youtube. No primeiro vídeo, uma tão grande quanto alegre roda tocando Santa Morena de Jacob do Bandolim , no aniversário de Alencar, comemorado em junho deste ano. No outro vídeo, com o excelente bandolinista Jorge Cardoso.
http://www.youtube.com/watch?v=BnXmLKtLLKk
http://www.youtube.com/watch?v=ZpR5yVUC02sigital/
O Professor
Alencar Sete Cordas foi, sobretudo, o grande professor de violão de Brasília. Ele foi um dos professores pioneiros da Escola Brasileira de Choro Rafael Rabello, onde trabalhou por cinco anos. Em seguida, fundou sua própria escola . Foi professor na Escola de Música de Brasília durante quatro anos. Participou de várias edições do Curso Internacional de Verão, na Escola de Música de Brasília, não só como professor de Violão de 7 Cordas, mas também como professor de Harmonia e Improvisação. Inclusive, a sua atuação pedagógica, merece grande destaque, ainda mais pela elaboração da Teoria das Árvores Harmônicas. Esse método destina-se ao ensino e à aprendizagem da Harmonia Funcional. Trata-se de uma forma de compilação das estruturas harmônicas mais comuns encontradas na música popular brasileira, representadas por diagramas, que mostram graficamente as possibilidades harmônicas envolvidas. Voltaremos a esse assunto com mais profundidade numa postagem futura.
Depoimentos
Tomei a liberdade de transcrever aqui depoimentos de alguns amigos e companheiros de profissão, os quais remetem a sinceridade e a interpretação de quem foi Alencar Sete Cordas:
Odette Ernest Dias:
“Estou chorando desde que tomei conhecimento da morte dessa pessoa íntegra, de grande doçura e um músico extraordinário”.
Hamilton de Holanda:
“Aprendi muito ouvindo-o tocar. O Alencar participou da gravação do disco de estreia do Dois de Ouro, no qual o Fernando César e eu registramos duas músicas dele, Imagem e Imitação. Ele deixou como legado um método de ensino revolucionário, sem necessidade de cifra, que facilita a vida de quem pretende aprender a tocar violão e outros instrumentos de corda.”
Jorge Cardoso :
“Nos conhecemos em Fortaleza e nos reencontramos em Brasília. Ultimamente, fazíamos muitas apresentações juntos. Ainda não estou acreditando que ele tenha morrido. O Brasil perde um grande mestre do violão sete cordas.”
Fernando César :
“Era o violão de Brasília, respeitado por todos”, diz o violonista Fernando César, ex-aluno de Alencar.”
A despedida
A despedida deste ilustre entusiasta do Violão de 7 Cordas foi marcada pela emoção. Sônia Palhares, amiga e admiradora de Alencar deu o seu depoimento:
Eu estive lá e acompanhei o sepultamento até o fim da cerimônia, poucas vezes vi engarrafamento em cemitério. Os amigos foram, os músicos fizeram um roda de choro linda em homenagem a ele. Impressionante era a quantidade de jovens - alunos da Escola Brasileira de Choro Raphael rabello - que foram se despedir do Alencar 7 Cordas, meu amigo querido e companheiro de instituição.
Aos que tiveram a sorte e o prazer de conhecer, estudar e conviver com essa figura iluminada, meus sentimentos, e que as boas lembranças e os ensinamentos ocupem o grande vazio de sua ausência na vida que se segue.
Quanto a mim, particularmente, que o admirava à distância, fica o exemplo de dedicação e militância dedicadas ao Choro e ao Violão de Sete Cordas. Dentro de minha crença, fica a certeza de que Alencar foi muito bem recepcionado lá no céu, por Dino e Rafael, e deve estar em uma feliz roda revendo velhos amigos, como Cartola, Sivuca, Paulo Moura e outros grandes companheiros nesta passagem aqui na Terra.
Fontes e Referências:
A intenção desta matéria é de homenagem.
As informações contidas nesse texto foram retiradas dos sites abaixo listados:
http://www.samba-choro.com.br/s-c/tribuna/samba-choro.1109/0017.html
http://www.samba-choro.com.br/s-c/tribuna/samba-choro.1109/0018.html
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2011/09/16/interna_cidadesdf,270101/musico-alencar-sete-cordas-morre-apos-tocar-em-show-no-clube-do-choro.shtml
http://www.jornaldebrasilia.com.br/edicaod
http://www.youtube.com/watch?v=BnXmLKtLLKk
http://www.youtube.com/watch?v=ZpR5yVUC02sigital/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alencar_Sete_Cordas
Comentários
Postar um comentário